segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A Adolescência

Estágio das Operações Formais ou Hipotético-Dedutivas 

Nesse período da adolescência, o sujeito se aproximava da possibilidade de criar família.
O período de 13-14 anos, se estende aos 18 anos em sociedades modernas, já que o indivíduo passa a se encontrar fora do mercado de trabalho. Ocorre a reciclagem de mão-de-obra, sem se criar novas vagas de emprego.
Afirma-se que nesse período ocorre:
         Definição da identidade;
         Escolha vocacional;
         Autonomia moral;
         Mudança na cognição.

Adolescência
Temos um “falso estereótipo” de que o adolescente enfrenta um período de tormentas e revoluções, uma vez que o jovem vive diante do conflitos de gerações.
A descoberta do eu se inicia na infância e se estende por toda a vida do sujeito.
O sentimento de identidade do adolescente provém da continuidade do autoconceito elaborado no passado. O perigo está na existência de conflitos interiores. Assim, problemas não resolvidos podem resultar em comportamentos desajustados em qualquer etapa do desenvolvimento. 

O Desenvolvimento Emocional
O jovem se insere na comunidade dos adultos, expandindo suas tarefas sociais. Os pais passam a exigir de seus filhos:
         Independência;
         Tomadas de decisão;
         Resoluções de problemas;
         Capacidade no uso de tecnologias;
         Opção vocacional.
No amor, ocorre a tentativa de definir sua identidade. O sujeito se projeta na pessoa amada buscando nela, características que gostaria de ter.

O ciúme e a intolerância podem estar presentes como defesa contra o medo de não ser capaz de manter o amor e de vencer as dificuldades inerentes às suas próprias fraquezas. O adolescente fica então inflexível e intolerante com o desrespeito às regras de convivência estabelecidas.

O adolescente tem:
         segurança em sua aparência física e habilidades;
         maior habilidade de se relacionar com o sexo oposto e envolver-se com novos e atividades;
         maior entusiasmo com a vida que promove auto desenvolvimento.

Em um outro oposto, podemos encontrar um adolescente:
         Enfraquecido;
         Incapaz de lutar pelo que deseja;
         Que sente menosprezo por si mesmo;
         Que está sempre na defensiva;
         Que te irriabilidade constante, depressão e sentimento de amargura.

A partir do medo de não ser aceito pelos outros, o adolescente pode apresentar solidão como fuga.
O adolescente pode se sentir seguro a partir da expansão dos objetivos de sua vida e manutenção da auto-estima.

 Escolha vocacional :
Início com a fase da fantasia. A partir dos 5 anos, a criança admira heróis de histórias infantis, ídolos da TV (não dura muito tempo). Ex: Bombeiro.

A idade escolar é um período de transição. A escolha da criança já reflete o que ela gosta de fazer, porém temos ainda uma escolha provisória.
Ao aproximar-se dos 12 anos tem-se: modificações no comportamento, linguagem, interações e qualidade de raciocínio.
A partir de 12 anos, o pré-adolescente, faz uma análise detalhada de fatores positivos e negativos. Sua escolha vai refletir valores e interesses.
Com 16-17 anos tem-se o período realista. Cristaliza-se o interesse em um campo. Sua escolha pode ser modificada, uma vez que ocorre em condições momentâneas.

  Evolução da escolha profissional
Com a competência reconhecida o sujeito procurará especializar-se cada vez mais.

Ele pode adiar por muitos anos sua escolha profissional, alcançando sua satisfação na velhice ou após a aposentadoria.

O Desenvolvimento Cognitivo
Na adolescência as operações passam a ocorrer em nível verbal. O sujeito raciocina com hipóteses não mais precisando ter um raciocínio apoiado em operações concretas.

Ocorre a ampliação da classificação e seriação que passam a incluir conceitos abstratos como: justiça, verdade, moralidade, perspectiva e conceitos geométricos.

O Desenvolvimento Social
O adolescente reflete sobre o mundo social e é capaz de construir teorias a respeito dele mesmo que sejam limitadas, pouco originais ou inadequadas.

Sua tarefa é ingressar-se na comunidade dos adultos.

De “reformador idealista” deve tornar-se um planejador e executor de ações. Deve encontrar sua autonomia moral, definindo princípios éticos.

Nesse período é importante: participação de grupos, realização de diversas atividades e exposição de pontos de vista sobre diversos assuntos.

A crítica dos outros favorece o encontro com o concreto e o real.

A conciliação entre ideal e real é lenta e trabalhosa. Ela favorece a ampliação das categorias de pensamento e abrangência de conceitos (pensamento do adulto).


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