segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O processo saúde doença na Infância

   O processo saúde doença na Infância: Assistência de Enfermagem à criança com problemas respiratórios

 " As doenças respiratórias infantis abrangem um amplo espectro de eventos mórbidos de diferentes etiologias e de distinta gravidade que, em comum, caracterizam-se por comprometer uma ou mais porções do trato respiratório da criança. Entre os determinantes imediatos dessas doenças encontram-se, de um lado, uma ampla gama de vírus e bactérias e, de outro, alérgenos, agentes químicos e físicos e traumas.Tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento, as doenças respiratórias representam grande proporção da morbidade na infância e, nessa medida, exercem enorme pressão sobre os serviços de saúde. Em países em desenvolvimento, estima-se que 25% a 33% do total das mortes observadas nos cinco primeiros anos de vida sejam causadas por infecções respiratórias agudas. A classificação das doenças respiratórias é complexa e comporta várias alternativas. Um aspecto importante a ser considerado é a localização anatômica da doença: quando restrita ao trato respiratório superior – acima da epiglote – a doença respiratória é denominada alta; quando alcança brônquios e/ou alvéolos pulmonares (portanto quando produz roncos, estertores ou sibilos à ausculta pulmonar) a doença respiratória é denominada baixa"  Benício MHDA et al. Tendência secular da doença respiratória. Rev. saúde Pública;34 (6 Supl):91-101. 

Principais características das Vias Aéreas na criança:

       Características anatômicas:   narinas estreitas,  língua grande, laringe alta e afunilada,  cartilagem cricóide estreita, menor quantidade de alvéolos,  grande elasticidade dos ossos da caixa torácica(tiragens), diafragma menos desenvolvido, vias potencialmente colapsáveis.

      Características fisiológicas: maior resistência de vias aéreas, menor volume pulmonar, maior fadiga muscular (FR mais alta e musculatura menos resistente), maior consumo de  oxigênio.

A criança, a enfermagem e os manejos da dor: conceito, interpretação, escala de dor:

A Dor e a criança:
 
Embora a ocorrência de dor em pediatria seja um fato atualmente aceito na prática assistencial, seu reconhecimento e tratamento permanecem insuficientes e ineficazes, tanto em função da incapacidade, de neonatos, lactentes e pré-escolares, em relatarem verbalmente a presença de dor, quanto em função da escassa experiência em analgesia pediátrica.
 
 
Atualmente, sabe-se que recém-nascidos, incluindo-se prematuros, são capazes de experienciar sensações dolorosas.
 
Os receptores sensitivos cutâneos estão presentes na região perioral do feto por volta da 7ª semana gestacional e espalham-se pela face, palmas das mãos e plantas dos pés na 11ª semana de gestação(5º,6º*). Ao final da 30ª semana, as células responsáveis pela percepção dolorosa inicial estão completamente desenvolvidas. Embora os mecanismos de controle e modulação dos estímulos dolorosos sejam imaturos ao nascimento, pode-se afirmar que o feto e o recém-nascido possuem, quase que integralmente, os componentes anatômicos necessários à percepção do estímulo doloroso;
 
Origem da dor na criança:
- procedimentos diagnósticos e terapêuticos;doenças infecciosas (otites e amigdalites), acidentes, fraturas, queimaduras, doenças oncológicas e reumáticas, anemia falciforme, procedimentos cirúrgicos, entre outras.
 
 
Interferências externas:
A expressão dolorosa na criança pode ser afetada por múltiplos aspectos, como condições ambientais (estímulos ruidosos ou luminosos são capazes de exacerbar as reações frente à dor), estímulos elaborados, que podem provocar ansiedade e elevar a sensação dolorosa (a visão de uma agulha ou de pessoas vestidas de branco, a sensação do cheiro de álcool), influência comportamental da família, além de aspectos sociais e financeiros.
 
Se não tratada
 Quando não tratada, a dor provoca inúmeros efeitos deletérios na criança, a exemplo de alterações metabólicas, elevação nos níveis de hormônios circulantes, aumento da susceptibilidade às infecções, alterações do fluxo sangüíneo cerebral e hemorragia ventricular, hipóxia, episódios de apnéia, congestão venosa, utilização de reservas de glicose, alteração dos padrões de sono e vigília e alterações comportamentais frente a outros episódios dolorosos
 
Tratamento da dor:
- é fundamental que a dor em crianças seja adequadamente identificada, avaliada e, sobretudo, tratada. A identificação da dor em pediatria pode ser considerada como o principal componente limitante no seu tratamento adequado, uma vez que se considera o relato verbal como a principal fonte indicativa de dor e recém-nascidos, lactentes e crianças pré-verbais são incapazes de verbalizarem a queixa.
  Por isso que a atenção profissional deve-se voltar para os aspectos não-verbais observados como resultado do estímulo doloroso.
 
 Alterações comportamentais são mais freqüentemente associadas à dor em crianças:
- choro, mímica facial, movimentação de membros (extensão e flexão), aumento de tônus muscular, rigidez torácica, indisponibilidade para contato visual e auditivo, alteração no padrão alimentar e na relação mãe-e-filho;
 
Alterações fisiológicas e metabólicas: 
- presentes igualmente em crianças e adultos, incluem: aumento de freqüência cardíaca e da pressão arterial, aumento da freqüência respiratória e alteração do padrão respiratório, queda de saturação de oxigênio, cianose, aumento da pressão intracraniana, dilatação pupilar, suor palmar, tremores, aumento dos níveis séricos de cortisol, epinefrina, norepinefrina, glucagon, hormônio do crescimento, endorfinas, supressão de insulina e aumento na excreção de substâncias nitrogenadas.
 
O relato dos pais ou cuidadores deve ser valorizado na identificação de alterações comportamentais e fisiológicas.
 
Escalas de dor em pediatria:
Baseadas nessas alterações, diversas escalas foram desenvolvidas com o objetivo de identificar a dor em crianças incapazes de comunicarem-se, que podem ser utilizadas favorecendo uma avaliação mais precisa.
 
1)    Período neonatal: inclui bebês, do nascimento ao 28º dia de vida, as escalas mais freqüentemente utilizadas são NIPS (Neonatal Infant Pain Scale/ Escala de Dor Neonatal, desenvolvida por Lawrence et al., em 1993), PIPP (Premature Infant Pain Profile/Perfil da Dor do Neonato Prematuro, desenvolvida por Stevens et al., em 1996) e CRIES (Crying, Requires for saturation above 95%, Increased vital signs, Expression e Sleplessness, referente a choro, saturação de oxigênio, dados vitais, expressão facial e estado de alerta, desenvolvida por Krechel & Bildner em 1995, objetivando a avaliação de dor pós-operatória em pediatria), por serem escalas validadas e confiáveis.
 
 
3)    Crianças com idades entre três e sete anos: é possível utilizar-se escalas que contenham desenhos como meio de quantificar a dor, como, por exemplo, escalas que mostram fotografias ou desenhos de faces de crianças (OUCHER, desenvolvida por Beyer em 1984 e ‘Facial Affective Scale”, desenvolvida por McGrath et al., em 1985), escalas numéricas (como o ‘Pain Thermometer’, com pontuação de 0 a 10, desenvolvido por Szyfelbein et al., em 1985), escala de copos (como a ‘Glasses Rating Scale’, quanto mais cheio o copo, maior a dor, desenvolvida por Waley & Wong, em 1987) e a escala de ‘pedaços de dor’ (‘Poker Chip Tool’, onde a criança quantifica, em no máximo quatro pedaços, a medida de sua dor, desenvolvida por Hester, em 1979) .
 
  4)  Crianças com idade superior a oito anos: se capazes de expressarem-se verbalmente, de maneira consistente, o auto-relato torna-se a melhor forma de identificar a dor. A queixa pode basear-se em números (através da escala visual análoga, que pontua a intensidade da dor de 0 a 10), palavras (pouca, moderada, intensa) e ainda desenhos ou figuras, conforme as escalas descritas anteriormente.
 
5)   Crianças acima de 12 anos: pode ser uzada a caracterização da dor por meio de adjetivos,  permite a mensuração de intensidade de dimensões afetiva e sensitiva, sendo possível a aplicação do questionário de Dor McGill adaptado para pediatria.
 
 
Com a finalidade de facilitar a avaliação da dor em recém nascidos e crianças, foram desenvolvidos escalas, que avaliam as alterações comportamentais e fisiológicas como sinais indicativos de dor.
 
 
A dor uma vez identificada, deve ser tratada adequadamente. As estratégias são diversas e a seleção do procedimento apropriado requer conhecimento, habilidade, atenção para condições especiais em cada caso, considerações acerca de aspectos clínicos, idade, desejos e expectativas dos pais ou cuidadores;
  
  
Tratamento da dor:
  1) Farmacológico:
Para o tratamento farmacológico da dor, deve-se considerar idade e, portanto, características específicas de metabolismo e excreção de drogas, peso e natureza da dor (dores resultantes de processos inflamatórios, de procedimentos cirúrgicos, entre outros), a fim de que o medicamento e sua dose sejam adequados à situação.
 
 
 Mais freqüentemente são utilizados: anti-inflamatórios não esteroidais (acetaminofeno, aspirina, dipirona, entre outros), opióides (como morfina, codeína, fentanila) e medicamentos adjuvantes (como antidepressivos e neurolépticos). É possível ainda realizar analgesia através de bloqueios anestésicos (aplicação tópica ou infiltrações), de anestesias gerais ou através de procedimentos neurocirúrgicos (pela interrupção de nervos aferentes primários, tratos e centros de processamento da dor ou ainda pela extirpação de tecidos cerebrais, em casos extremos)
 
  
É obrigação da equipe multidisciplinar cuidar para que a criança tenha direito a anlgesia e alívio da dor, assim como alívio da ansiedade e do “stress”provocado pela doença e pelo procedimento realizado pela equipe, de forma mais eficiente e segura possível.
 O medo dos efeitos colaterais e do risco de dependência aos analgésicos, narcóticos e sedativos não podem ser usados para negligenciar a dor do paciente e irar seu direito aos analgésicos mais potentes.
 Os membros da equipe de saúde devem agir como advogados da criança nesta questão, advertindo os colegas que não estiverem respeitando este direito da criança, favorecendo o alívio rápido da dor.
 Existem analgésicos seguros e potentes e seguro o bastante para aliviar quase todas as formas de dor intensa, seja aguda ou crônica.
 
 
2)Medidas não farmacológicas:
As medidas não farmacológicas, embora pouco utilizadas, são bastante eficazes no controle da dor. Dentre elas, pode-se ressaltar: diminuição de estímulos externos (luminosidade e ruídos), respeito aos períodos de sono e repouso, manipulação mínima da criança enquanto internada, sucção não-nutritiva em recém-nascidos e lactentes, estimulação sensorial (estimulação tátil, massagens, musicoterapia, método mãe-canguru);
 
A dor em pediatria constitui ainda um grande desafio, mas a busca de conhecimento e o desenvolvimento de pesquisas na área são instrumentos valiosos à Enfermagem na identificação e controle efetivo deste 5º sinal vital.
 
 

Princípios da semiologia pediátrica - EXAME FÍSICO

1.)   Seqüência do exame:
- cefalocaudal;
- Por quê?
-favorece a orientação geral para cada área do corpo ;
- evita omissão de partes do exame;
-deve ser alterado de acordo com a necessidade e do comportamento da criança;
- o enfermeiro deverá atentar-se para os principais critérios da avaliação: idade cronológica e idade de desenvolvimento;

2.)   Preparo da criança:
      Condutas durante o exame (que para um adulto parece normal) podem ser estressante para a criança;
     Exemplos:
·       Estetoscópio - desconhecido e gelado;
·       Compressão abdominal: desconfortável;
·       Oftalmoscópio e otoscópio: desconhecidos;
·       Manguito: sensação de aperto e desconforto;

2.1)       Conduta do enfermeiro perante a criança:
a) Primeiro contato - (quando for favorável)
·       O exame deve ser o mais agradável possível;
·       Favorecer a permanência dos pais;
·       Adolescentes - manter a privacidade;
·       Permita um tempo para brincar; interação com a criança;
  
 Perceba o momento em que a criança está preparada para iniciar o exame, quando a criança :
- conversar espontaneamente com o enfermeiro;
- aceitar a utilização dos equipamentos;
- permitir o toque físico;
- aceitar sair do colo do acompanhante;

b)   Nos casos em que não ocorrer a interação imediata com a criança, o enfermeiro:
- deverá concentrar-se no exame;
-conversar com o acompanhante enquanto examina;
- elogiar a criança, para estabelecer confiança;
- utilizar estórias engraçadas e/ou mágicas simples;
- utilizar fantoches para conversar: “amigo por perto”;

c)    Nos casos de total recusa, o enfermeiro deverá:
- avaliar a razão do comportamento;
- envolver o acompanhante para auxiliar no processo;
- evitar explicações longas sobre o exame;
- ser firme e direto e rápido;
- limitar o número de pessoas na sala;
- concentrar-se na avaliação;

3) Principais materiais e equipamentos importantes para a realização do exame físico:
- estetoscópio pediátrico;
- bolas de algodão com álcool;
- balança para recém-nascidos
- balança antropométrica (adulto);
- régua antropométrica;
- maca;
- otoscópio;
- oftalmoscópio;
- esfígmomanômetro (diversos tamanhos);
- fita métrica;
- abaixadores de língua;
- lanterna delicada;
- gráficos para avaliação de crescimento ponderal;
- impressos para a Sistematização da Assistência de Enfemramgem;
- prontuário da criança;

4) Posicionamento da criança:
- dependerá da idade da criança e da colaboração da criança;
- dorsal ou sentada no colo da mãe;

5) Seqüência diferencial do adulto durante a avaliação física:
- Evite realizar as verificações que ocasionem o choro, nas crianças menores, pois como é sabido, o choro poderá desencadear alterações fisiológicas que impedirão um resultado fidedígno, ao final do exame. 
- inicie com a ausculta o cardíaca, pulmonar, por exemplo;
- registrar a freqüência cardíaca e a respiratória;
- realizar palpação e percussão;
- prosseguir a seqüência cefalocaudal;
- deixar para o final: olhos, ouvidos, boca e verificação de reflexos que possam desencadear o choro como a verificação do reflexo de Moro, procurando deixar para o final;
- genitália: idades escolar e adolescente: deixar por último;

País atinge antes meta de mortalidade infantil

Pelas Metas do Milênio da ONU, Brasil deveria reduzir índice para 19 por grupo de mil crianças até 2015; em 2011, já registrou taxa de 16 por mil

Com quatro anos de antecedência, o Brasil atingiu uma das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), a que se refere à redução da mortalidade infantil até 2015. A queda de mortes registrada no País em 2011 foi uma das cinco maiores do mundo.

Os dados serão divulgados hoje pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Banco Mundial e OMS.

Em 2000, a ONU fixou metas sociais para os países e deu 15 anos para que governos chegassem perto dos objetivos. A base de comparação é o ano de 1990.

No caso do Brasil, a meta era de que as 58 mortes registradas para cada mil crianças em 1990 foss em reduzidas para 19 por grupo de mil em 2015. Mas, ao final de 2011, a taxa já era de 16 para cada mil crianças.

Em 1990, 205 mil crianças com menos de 5 anos morreram no País. Em 2011, foram 44 mil - uma queda de 73%, que apenas quatro outros países superaram.

Apesar de ter atingido a meta, o Brasil ainda está distante dos índices de países ricos. Na Itália, Portugal e Espanha, a proporção de crianças que morrem é de apenas um quarto da taxa brasileira.

Em 2011, 6,9 milhões de crianças morreram no mundo antes de completar 5 anos. Em 2000, essa taxa era de 12 milhões.

Melhor atendimento médico, crescimento da renda familiar, expansão dos serviços de saúde, com o ampliação da coberturade vacinas e antibióticos,são os motivos do avanço brasileiro.

"Atingir a meta estabelecida pela ONU antes do prazo é uma grande vitória. Nos últimos dez anos, o esforço do Ministério da Saúde de levar profissionais para cada canto do País ajudou a reduzir pela metade a mortalidade infantil. Mas queremos avançar a inda mais, com a Rede Cegonha, reforçando a qualidade no pré-natal e na assistência ao parto, e a expansão das UTIS neonatais", afirmouoministroAlexandre Padilha.

América Latina. Graças aos avanços de Brasil, El Salvador, México e Peru, a América Latina está prestes a também alcançar o objetivo. A região, segundo o levantamento, promoveu uma queda de 64% nas mortes. "A América Latina está muito próxima do objetivo e, se seguir no atual ritmo,chegará à meta",disse o diretor do Departamento de Estatísticas Sanitárias da OMS, BoermaTies.Na região,a estimativa é de que 53 em cada mil crianças não chegavam aos 5 anos em 1990. A taxa caiu para 19 por mil, muito próxima à de 18 por mil estabelecida pela meta.
Ocaso mais dramático ainda é o Haiti. A taxa é de 70 mortes para cada mil crianças, quando a meta estabelecia que o índice deveria ser de 48 mortes. 

Vacina antidengue tem apenas 30% de sucesso

A vacina mais avançada do mundo contra a dengue, em desenvolvimento pela empresa farmacêutica francesa Sanofi, teve desempenho decepcionante em um teste clínico de larga escala realizado na Tailândia: sua eficácia foi de apenas 30,2%, índice bem abaixo dos 70% esperados a princípio.
O resultado ruim torna incerto o futuro do produto, que segundo afirmações anteriores do fabricante, poderia gerar uma receita de mais de 1 bilhão de euros por ano. Os pesquisadores ressaltam, entretanto, que a pesquisa tem um lado positivo: pela primeira vez, foi provado que uma vacina segura contra a dengue pode vir a ser desenvolvida.
A baixa porcentagem de sucesso da vacina se deu porque ela falhou em proteger contra um dos quatro tipos de vírus da dengue, o 2 – esse é justamente o mais comum na Tailândia na época do teste. Uma pessoa que contraia um dos tipos de dengue não se torna imune aos outros.
“Esse resultado me derrubou”, afirmou Scott Halstead, consultor científico sênior da ONG Dengue Vaccine Initiative, que não tem envolvimento com o estudo. “Mais experimentos terão de ser feitos para que possamos entender o que ocorreu”, completou.
Os cientistas supõem que uma vacina que contenha os quatro tipos de dengue termine por apresentar resultados desiguais, sublinhando a complexidade de uma doença que vem sendo pesquisada há mais de 70 anos.
Apesar do desfecho negativo do estudo, analistas da indústria farmacêutica informaram que a vacina ChimeriVax da Sanofi continua à frente das rivais em termos de desenvolvimento e ainda está em uma posição vantajosa. Há pelo menos sete pesquisas importantes no mundo que tentam encontrar um imunizador contra os quatro vírus da dengue.
“Mesmo que não seja perfeita, a ChimeriVax será adotada”, disse o analista Eric Le Berrigaud, da empresa Bryan Garnier. “Mas ela não será a vacina que erradicará a dengue”, ressaltou.
Em julho, a Sanofi havia divulgado que o teste feito na Tailândia tinha mostrado que a vacina era eficaz contra três dos tipos de dengue, sem dar mais detalhes sobre o assunto. Os resultados completos foram divulgado na noite de anteontem no site da revista científica The Lancet, uma das mais importantes do mundo.
Apesar da decepção, o líder da pesquisa, Jean Lang, disse que a fase 2b do estudo, que envolveu 4.002 crianças tailandesas, foi encorajadora, porque a vacina protegeu contra os vírus do tipo 1 em 60% dos casos e em 80% a 90% dos casos dos tipos 2 e 3. Curiosamente, uma dose da vacina gerou resultados parecidos com a aplicação de três doses.
“Isso é um marco, mas devemos esperar pelos resultados dos dois grandes testes da fase 3 para termos uma compreensão melhor da vacina”, declarou Lang. Esses testes estão sendo feitos com a participação de cerca de 31 mil pessoas na Ásia e também na América Latina.
Se os resultados na Tailândia tivessem sido melhores, a droga poderia ter sua aprovação acelerada em alguns países. Em vez disso, as atenções, agora, ficam voltadas para os resultados dos testes que serão feitos na fase 3 da pesquisa. Assim, uma possível data de lançamento do imunizante pela farmacêutica não deve ocorrer antes de 2015.

Conselho Tutelar

      É um órgão publico que integra definitivamente o conjunto das instituições brasileiras, estando portanto sujeito e subordinado ao ordenamento jurídico do País e tem autonomia para desempenhar as atribuições que lhe são confiadas pelo Estatuto Federal que o instituiu.
 
 
Quais as atribuições:
      Atender crianças e adolescentes e aplicar as medidas de proteção;
      Atender e aconselhar os pais ou responsáveis e aplicar medidas pertinentes previstas no ECA;
      Promover a execução de suas decisões, podendo requisitar serviços públicos e entrar na Justiça quando alguém, injustificadamente, descumprir suas decisões:
      Levar ao conhecimento do Ministério Público fatos que o Estatuto tenha como infração administrativa ou penal;
      Encaminhar à Justiça os casos que a ela são pertinentes;
      Tomar providências para que sejam cumpridas as medidas sócio-educativas aplicadas pela Justiça a adolescentes infratores;
      Expedir notificações em casos de sua competência;
      Requisitar certidões de nascimento e de óbito de crianças e adolescentes, quando necessário;
      Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentar para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e adolescente;
      Fiscalizar as entidades governamentais e ONGs que executem programas de proteção e sócio-econômicos.
      Entrar na Justiça, em nome de famílias e de pessoas, para que estas se defendam de programas de rádio e televisão que contrariem princípios constitucionais bem como de propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente;
      Levar ao Ministério Público casos que demandam ações judiciais de perda ou suspensão do pátrio poder;
Atender aos que tiverem seus direitos ameaçados:
      Por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
      Por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis;
      Dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos;
      As reiteradas faltas injustificadas ou de evasão escolar, após esgotados os recursos escolares;
      De elevados níveis de repetência;
      Determinar matrícula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
      Inclusão em programa de auxilio a família, à criança e ao adolescente;
      Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico em regime hospitalar ou ambulatorial;
      Inclusão em programa de auxilio, orientação e tratamento de alcoólatras e toxicômanos
 
 
Como são escolhidos os conselheiros:
      Em cada município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar composto por 5 (cinco) membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de 3 (três) anos, permitida uma recondução.
 
 
Quais os requisitos para ser candidato ao Conselho Tutelar:
             Ter reconhecida idoneidade moral;
             Idade superior a 21 anos;
             Residir no município

Envelhecimento e a morte

A velhice

Ocorre o desafio do ego > vencer a perda do trabalho, amigos, companheiro, posição, autoridade, família e o questionamento físico e mental feito pelos outros diante da execução de tarefas.
O mais importante da vida e estar vivo (flexibilidade para aceitar e julgar conduta dos outros).

Teóricos que não aceitam estágios no desenvolvimento do adulto.
Eles mencionam que o adulto constrói a dimensão de tempo e espaço. Presente e passado se relacionam com a realidade psicológica organizada a partir de sistemas de valores.
O desenvolvimento cognitivo ocorre por toda a vida.
Boa saúde > inteligência não se deteriora (só em doenças degenerativas ou em ambientes pobres em estimulação).
Quanto mais idade > maior será a capacidade de resolver problemas complexos (nível mais alto de generalização e abstração).

Maior exigência ambiental (contexto cultural) > maior desenvolvimento do pensamento formal (riqueza de conceitos, flexibilidade, complexidade conceitual diante de problemas abstratos com alto grau de generalização).

Envelhecimento e morte

Abordagem centrada na pessoa > psicologia humanista, existencial (abordagem fenomenológica).
Idade e probabilidade de morrer (estatisticamente falando) é diferente de ter medo da morte.
Indivíduo > momento da vida > grau diferente de medo da morte.
Idade > infelicidade.
Com a idade > uma série de perdas: capacidades físicas, oportunidades sociais, realização de projetos. Tudo isso não infere infelicidade necessariamente.
Necessidade de adaptação, mudanças e aprendizado até morrer.
É indicado trabalhar com jovens o preparo para a velhice.

Outro estereótipo > velho sábio que não tem desejos deve estar pronto para morrer aceitando a morte (mito).
Teoria > envelhecimento ajustado > desligamento progressivo, desapego... Preparo para a morte (não um indivíduo apático).
Dependência > algo cultural. Há filhos muito dependentes financeiramente dos pais, mas não se sentem dependentes emocionalmente e vice-versa.
 

O desenvolvimento do adulto

As mudanças no sujeito são contínuas. A realidade psicológica do adulto não pode ser analisada apenas projetando os problemas e as características que  o indivíduo apresentou na infância.
Erikson enfatizou que o desenvolvimento humano se processa por estágios. Três deles ocorrem na vida adulta. Em cada um ocorre a mudança no ego que resulta da interação entre os valores individuais e forças sociais que geram crise.
Alguns teóricos aceitam o estágio de desenvolvimento do adulto. Reconhecem que o processo de socialização ocorre ao longo da vida. Cada sociedade oferece padrões de comportamento para cada idade. A aprendizagem de novas respostas ocorre em três momentos:

    1. O indivíduo observa elementos do grupo e coloca-se a favor ou contra as normas daquela faixa etária.
    2. Na faixa etária sofre pressões sociais > experiência > reestrutura seu ponto de vista com relação aos padrões sociais, pessoais e históricos do momento.
    3. Já tendo vivenciado, passa a refletir sobre as normas sociais e se apropria de um conjunto de valores que serve como guia para a auto-avaliação > avaliação da conduta dos outros.

Marcos: conclusão do 1º, 2º e 3º graus, entrada no mercado
profissional, estabilidade, casamento, filhos...
Relógio interior > ciclo de vida > eventos em períodos
adequados ou não.

    1. Idade adulta jovem
     Individuação
     Realização
     Estabilidade profissional

Na mulher ocorre equilíbrio entre carreira profissional e
realização pessoal (vida afetiva e maternidade).
No homem ocorre harmonia com novos papéis e com o
padrão de liberdade.
Se não cumprirem as tarefas, ficarão estagnados e não se
doarão aos outros.

2. Maturidade ou meia idade

Ocorre pouca flexibilidade cognitiva. Indivíduo fica “preso” à
condutas e valores do passado. O relacionamento com a
juventude é difícil. Ocorre sentimento de perda com o
crescimento dos filhos.
A mulher entra na menopausa (relacionam com a velhice e
se sentem menos atraentes).
O homem tem medo de perder o prazer sexual, pode chegar
a trair para sentir-se jovem.
Há a preocupação com a aposentadoria > sobrevivência e
perda do prestígio. É difícil envelhecer em um país jovem.
 

A Adolescência

Estágio das Operações Formais ou Hipotético-Dedutivas 

Nesse período da adolescência, o sujeito se aproximava da possibilidade de criar família.
O período de 13-14 anos, se estende aos 18 anos em sociedades modernas, já que o indivíduo passa a se encontrar fora do mercado de trabalho. Ocorre a reciclagem de mão-de-obra, sem se criar novas vagas de emprego.
Afirma-se que nesse período ocorre:
         Definição da identidade;
         Escolha vocacional;
         Autonomia moral;
         Mudança na cognição.

Adolescência
Temos um “falso estereótipo” de que o adolescente enfrenta um período de tormentas e revoluções, uma vez que o jovem vive diante do conflitos de gerações.
A descoberta do eu se inicia na infância e se estende por toda a vida do sujeito.
O sentimento de identidade do adolescente provém da continuidade do autoconceito elaborado no passado. O perigo está na existência de conflitos interiores. Assim, problemas não resolvidos podem resultar em comportamentos desajustados em qualquer etapa do desenvolvimento. 

O Desenvolvimento Emocional
O jovem se insere na comunidade dos adultos, expandindo suas tarefas sociais. Os pais passam a exigir de seus filhos:
         Independência;
         Tomadas de decisão;
         Resoluções de problemas;
         Capacidade no uso de tecnologias;
         Opção vocacional.
No amor, ocorre a tentativa de definir sua identidade. O sujeito se projeta na pessoa amada buscando nela, características que gostaria de ter.

O ciúme e a intolerância podem estar presentes como defesa contra o medo de não ser capaz de manter o amor e de vencer as dificuldades inerentes às suas próprias fraquezas. O adolescente fica então inflexível e intolerante com o desrespeito às regras de convivência estabelecidas.

O adolescente tem:
         segurança em sua aparência física e habilidades;
         maior habilidade de se relacionar com o sexo oposto e envolver-se com novos e atividades;
         maior entusiasmo com a vida que promove auto desenvolvimento.

Em um outro oposto, podemos encontrar um adolescente:
         Enfraquecido;
         Incapaz de lutar pelo que deseja;
         Que sente menosprezo por si mesmo;
         Que está sempre na defensiva;
         Que te irriabilidade constante, depressão e sentimento de amargura.

A partir do medo de não ser aceito pelos outros, o adolescente pode apresentar solidão como fuga.
O adolescente pode se sentir seguro a partir da expansão dos objetivos de sua vida e manutenção da auto-estima.

 Escolha vocacional :
Início com a fase da fantasia. A partir dos 5 anos, a criança admira heróis de histórias infantis, ídolos da TV (não dura muito tempo). Ex: Bombeiro.

A idade escolar é um período de transição. A escolha da criança já reflete o que ela gosta de fazer, porém temos ainda uma escolha provisória.
Ao aproximar-se dos 12 anos tem-se: modificações no comportamento, linguagem, interações e qualidade de raciocínio.
A partir de 12 anos, o pré-adolescente, faz uma análise detalhada de fatores positivos e negativos. Sua escolha vai refletir valores e interesses.
Com 16-17 anos tem-se o período realista. Cristaliza-se o interesse em um campo. Sua escolha pode ser modificada, uma vez que ocorre em condições momentâneas.

  Evolução da escolha profissional
Com a competência reconhecida o sujeito procurará especializar-se cada vez mais.

Ele pode adiar por muitos anos sua escolha profissional, alcançando sua satisfação na velhice ou após a aposentadoria.

O Desenvolvimento Cognitivo
Na adolescência as operações passam a ocorrer em nível verbal. O sujeito raciocina com hipóteses não mais precisando ter um raciocínio apoiado em operações concretas.

Ocorre a ampliação da classificação e seriação que passam a incluir conceitos abstratos como: justiça, verdade, moralidade, perspectiva e conceitos geométricos.

O Desenvolvimento Social
O adolescente reflete sobre o mundo social e é capaz de construir teorias a respeito dele mesmo que sejam limitadas, pouco originais ou inadequadas.

Sua tarefa é ingressar-se na comunidade dos adultos.

De “reformador idealista” deve tornar-se um planejador e executor de ações. Deve encontrar sua autonomia moral, definindo princípios éticos.

Nesse período é importante: participação de grupos, realização de diversas atividades e exposição de pontos de vista sobre diversos assuntos.

A crítica dos outros favorece o encontro com o concreto e o real.

A conciliação entre ideal e real é lenta e trabalhosa. Ela favorece a ampliação das categorias de pensamento e abrangência de conceitos (pensamento do adulto).


A criança dos sete aos doze anos

Estágio das Operações Concretas (a  partir dos 7 anos)
 A criança passa a desenvolver um pensamento objetivo e descentralizado. Os dados do meio externo podem ser simbolizados na mente da criança e assim, podem ser transformados, organizados e empregados na solução de problemas.
A criança na idade pré-escolar  tem uma noção espacial que lhe permite ir à casa de seu amigo ou à escola, mas não é capaz de comparar estes percursos e afirmar qual desses lugares é o mais próximo de sua casa.
Ela é receptível a amizades e conhecimento das “coisas” do mundo imediato. A escola assume um papel importante sendo um marco de maturidade e fonte de orgulho.
12 anos)


O Desenvolvimento Cognitivo

Pensamento à uso de sistemas logicamente organizados (Classificação e Seriação).

Ø      Classificação à no período anterior a criança nomeava, por exemplo, os animais peludos, como cachorros. Com o desenvolvimento, o pensamento fica mais elaborado e preciso. Ocorre um maior domínio do conceito e um maior domínio de atributos definidores. Os conceitos poderão ser usados para a resolução de problemas.
 Operação à ocorre a organização mental do mundo que a cerca. A ação interiorizada pode modificar objeto de conhecimento. Ex: Reunir objetos para classificar.
 Aos 9 anos à a criança domina as relações de inclusão e complementarização. Não realiza encaixes hierárquicos para classes ou qualidades abstratas como: felicidade e justiça.
 Aos 11 anos à realiza classificação com conceitos abstratos; confere às classes formadas o caráter hierárquico de um sistema de inclusão.
A interação entre a criança e o meio, resultará na mudança na qualidade das estruturas cognitivas. Assim, o desempenho em crianças da mesma faixa etária não será homogênio. 

DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL

Etapas do desenvolvimento pré-natal:

O desenvolvimento pré-natal ocorre em três fases: germinal, embrionária e fetal.

A fase germinal vai da fecundação até duas semanas de vida gestacional. Nesta fase, a célula original do zigoto divide-se (processo de duplicação ou mitose) transformando-se em 800 bilhões ou mais de células especializadas que formam o corpo humano. Enquanto divide, o óvulo fecundado percorre a tuba uterina, alcança o útero e se implanta na parede uterina.
 A fase embrionária vai da segunda à oitava semana (quando completa o 2º mês) de gestação. Nesta fase, desenvolvem-se os órgãos e os principais sistemas corporais: respiratório, digestivo e nervoso. O embrião é muito vulnerável a influências nocivas do ambiente, sendo os defeitos constituídos nesta fase (defeitos congênitos) os mais graves. Mas os embriões com defeitos muito graves geralmente não sobrevivem sendo expulsos em um aborto espontâneo.
 A fase fetal vai da 8ª semana gestacional até o nascimento. Inicia-se com o aparecimento das primeiras células ósseas. Nessa fase, o feto cresce rapidamente até cerca de 20 vezes o seu comprimento anterior, e os órgãos e sistemas corporais tornam-se mais complexos.
Os fetos respiram, chutam, viram-se, flexionam o corpo, dão cambalhotas, movem os olhos, engolem, fecham os punhos, soluçam e sugam o polegar.
Os fetos respondem a voz e aos batimentos cardíacos da mãe e às vibrações de seu corpo, mostrando que possuem audição e tato.
Os fetos parecem aprender e lembrar. Experiências com bebês mostram que eles preferem seqüências musicais, lingüísticas (idioma, histórias) ouvidas antes do nascimento, preferem a voz da mãe a de outras pessoas.

   Influências ambientais: o papel da mãe
O ambiente fetal é o corpo da mãe, por isso tudo que afeta a mãe - seu bem-estar, sua dieta - altera o ambiente da criança e pode afetar seu crescimento.
A vulnerabilidade, perante um fator que altera o desenvolvimento e produz um defeito congênito, depende da intensidade do fator prejudicial presente no ambiente fetal e do gene fetal (por exemplo, se uma criança tem uma variante de um determinado gene do crescimento, caso sua mãe fume durante a gravidez aumenta em seis vezes o risco de desenvolver um fenda palatina).
Nutrição: A desnutrição da mãe pode ter efeitos, a longo prazo, na criança: pode afetar seu desenvolvimento cerebral ou aumentar suas chances de morrer no início da vida adulta.
Se a mulher desnutrida, no entanto, tomar suplementos nutricionais durante a gravidez, ela tende a ter bebês maiores, mais saudáveis, mais ativos e visualmente mais alertas.
A obesidade materna pode provocar defeitos no tubo neural dos filhos, pode também acarretar complicações na gravidez como abortos, morte dos bebês no parto ou após o parto.
A carência do ácido fólico (uma vitamina do grupo B) na dieta de uma gestante pode também causar defeitos no tubo neural.
Atividade física: A prática regular de exercícios moderados previne, na gestante, a constipação, melhora sua respiração, circulação, tônus muscular e elasticidade da pele, o que contribui para uma gravidez mais confortável e um parto mais fácil e seguro.
Condições de trabalho exaustivas para a gestante, no entanto, parecem aumentar o risco do parto prematuro.
Drogas: As drogas e os medicamentos ingeridos pela gestante podem atravessar a placenta e afetar o bebê, principalmente nos primeiros meses de vida.
Nenhum medicamento deve ser ingerido durante a gravidez e o parto, a menos que seja essencial para a saúde da mãe ou do filho.
O álcool ingerido pela gestante pode acarretar a síndrome alcoólica fetal: retardo no desenvolvimento pré e pós-natal, má formação corporal e distúrbio do sistema nervoso central. Produz, na primeira infância, fraca sucção, anomalias nas ondas cerebrais e perturbações no sono; na infância, lento processamento de informações, pouca capacidade de atenção, inquietude, irritabilidade, hiperatividade, deficiências de aprendizagem e dificuldades motoras.
O tabagismo das gestantes parece ser responsável por grande parte da síndrome de morte súbita do lactante, pela morte do bebê devido ao baixo peso ou pela necessidade de assistência intensiva da criança de baixo peso. Acarreta também deficiências no sistema respiratório e aumenta o risco de câncer no bebê. Na idade escolar, acarreta, fraca capacidade de atenção, hiperatividade, ansiedade, problemas de aprendizado, comportamentais e neurológicos.
As mulheres dependentes de morfina, heroína e codeína tendem a dar a luz a bebês prematuros, dependentes das mesmas drogas, inquietos, irritadiços, com tremores, convulsões, febre, vômito, dificuldade de respiração, baixa responsividade e baixo peso.
O uso de cocaína pelas gestantes aumenta o risco de aborto espontâneo, prematuridade, baixo peso natal e menor circunferência craniana.
Doenças: Se a gestante tem em seu sangue o vírus de imunodeficiência humana (HIV), causador da síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), o vírus pode chegar à corrente sanguínea do feto através da placenta. Depois do nascimento o vírus pode ser transmitido pelo leite materno.
Se o HIV é detectado na gestante e essa se submete ao tratamento com o uso de zidovudina (AZT), diminui em dois terços o risco do bebê contrair AIDS, podendo ser até eliminada a transmissão do vírus. Os riscos de transmissão no parto também pode ser bastante reduzido no parto cesariano.
A rubéola contraída pela mãe antes da décima primeira semana de gravidez causa surdez e defeitos cardíacos no bebê (defeitos cada vez mais raros, devido a vacinação contra a rubéola na infância). O diabete, a tuberculose e a sífilis podem causar problemas no desenvolvimento fetal e a gonorréia e o herpes genital podem ter efeitos prejudiciais sobre o bebê no momento do parto. O herpes genital, por exemplo, pode causar cegueira, outras anomalias ou morte do bebê. Também a deficiência da tireóide materna pode afetar o desempenho cognitivo futuro dos filhos. Todas as doenças ou infecções da mãe devem ser controladas ou tratadas para diminuir os prejuízos no bebê.
Idade: Gestantes com mais de 35 anos têm mais chances de aborto, parto de natimorto, parto prematuro, crescimento fetal retardado, complicações no parto e defeitos congênitos.
Intoxicação: Quando a gestante é exposta a um ambiente com substâncias químicas (por exemplo, mulheres que trabalham na fabricação de chips semicondutores), extremos de calor e umidade e radiação, o bebê pode ser afetado. A exposição à radiação pré-natal, por exemplo pode causar: retardo mental, menor diâmetro da cabeça, mal-formações cromossômicas, síndrome de Down, convulsões e baixo QI.

Considerações Gerais sobre a Psicologia

a)   Percebeu-se semelhanças na forma de pensar, sentir e agir de indivíduos da mesma faixa etária e diferenças destas formas em relação aos indivíduos de outras faixas etárias; percebeu-se que as diferentes formas de sentir, agir e pensar (referentes a diferentes faixas etárias) se sucedem, em uma determinada ordem, dentro de um processo de integração. Estas formas foram denominadas de estágios ou fases do desenvolvimento.
 b) Os estágios do desenvolvimento passaram a ser referências na avaliação do progresso individual e na intervenção, tanto individual como grupal, para minimizar as dificuldades e facilitar o progresso em cada um dos estágios.

Pode-se, então, afirmar que a psicologia do desenvolvimento tem como objetivos: descrever, explicar, prever e modificar os comportamentos.
Os aspectos do desenvolvimento estudados são os físico, cognitivo e emocional.
Como exemplo de uma pesquisa que identifica os fatores inatos dos indivíduos, leia abaixo a pesquisa com os macacos Rhesus

PRIVAÇÃO MATERNA – Experiência com os macacos Rhesus
Harry F. Harlow (1905-1981) foi um psicólogo norte-americano que ficou conhecido pelas suas experiências sobre a privação maternal e social em macacos Rhesus, e que demonstraram a importância dos cuidados, do conforto e do amor nas primeiras etapas do desenvolvimento.

As suas experiências laboratoriais consistiram na criação de duas “mães” artificiais (imitação de uma macaca Rhesus), uma era feita apenas com armação de arame enquanto a outra, era também de armação de arame, porém, forrada com pano felpudo e macio.

Harlow observou que os macacos bebês preferiam claramente as “mães” mais confortáveis. Esta preferência mantinha-se independentemente de qual a mãe que fornecia o alimento. Outras observações mostraram que o que estava em causa não era só a procura de conforto.

O contacto parecia ser essencial ao estabelecimento de uma relação que transmitia segurança. Perante um estímulo gerador de medo, os macaquinhos agarravam-se à “mãe” macia tal como o fariam a uma mãe real. Este comportamento nunca era observado com as “mães” de arame, mesmo em macaquinhos criados só com ela.

Além disso, perante uma situação com muitos estímulos novos e na presença da “mãe” confortável, as reações de medo e de se agarrar, rapidamente davam lugar à exploração curiosa dos objetos, com regressos periódicos à “mãe” para recuperar a segurança.

Pelo contrário, na ausência da “mãe” confortável, os macaquinhos ficavam paralisados pelo medo e não exploravam o ambiente. Isto acontecia também na presença da “mãe” de arame, mesmo em macaquinhos criados sempre na sua presença. Ou seja, uma “mãe” desconfortável é incapaz de transmitir segurança.

O resultado desta e de outras experiências, permitiram Harlow concluir que a variável contacto reconfortante suplementava a variável amamentação.

Harlow observou ainda que os macacos Rhesus com mães reais demonstravam comportamentos social e sexual mais adiantados dos que os criados com mães substitutas de pano, e que estes últimos apresentavam comportamentos sociais e sexuais normais se diariamente tivessem oportunidade de brincar no ambiente estimulador dos outros filhotes.

 Teorias Marcantes no Estudo do Desenvolvimento
a)     Freud - Teoria Psicanalítica;
b)     Piaget - Teoria do Desenvolvimento Cognitivo ou Intelectual.

Para Freud:
1)     Relações afetivas nos primeiros cinco anos de vida = equilíbrio emocional posterior;
2)     Personalidade formada por três sistemas: Id, Ego e Superego.

Id, Ego e Superego
Id: substrato biológico, inato, fonte de energia psíquica.

    Reservatório de impulsos instintivos:
     Instinto de auto-conservação (de vida);
     Instinto de destruição (de morte);
      Energia (libido) investida no objeto ou pessoa – transformada em cpto, pensamento ou sentimento.
      Tem por objetivo: sempre o prazer.



-    Ego: parte racional do sujeito (mundo externo modifica o Id);

-    Superego: reflete as normas sociais (consciência moral).

     Personalidade é a ação dinâmica entre as três instâncias.

Teoria do Desenvolvimento Cognitivo
Inteligência: estrutura biológica com função de adaptar o organismo às exigências do meio.

A adaptação ocorre por:

         Assimilação: informações do meio são incorporadas à esquemas mentais existentes;

         Acomodação : como conseqüência da assimilação, ocorre mudança de esquemas mentais.

Os processos são complementares.
Ex: Movimento de pinça/alimentação.

Formas de Adaptação (estágios)
1)     Sensório-motor;

2)     Intuitivo;

3)     Operatório Concreto;

4)     Operatório formal.

Assistência de enfermagem no pré-natal de baixo risco

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO
1. LEGISLAÇÃO
Decreto 94.406/87
Regulamentação da Lei nº 7.498/86
Ao Enfermeiro incumbe (Art 8º, inciso II):
Alínea j: "Acompanhamento e evolução do trabalho de parto".
Alínea l: "Execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distócia".
Com base nesse decreto, o Ministério da Saúde instituiu que o pré-natala de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo Enfermeiro (Ministério da Saúde, 2000).
"O enfermeiro solicita exames de rotina e complementares, e prescreve medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde".
Cabe ao Enfermeiro, de acordo com o Ministério da Saúde (2000):
  • Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação, da vacinação;
  • Realizar a consulta de pré-natal da gestação de baixo risco;
  • Solicitar exames de rotina e orientar tratamento conforme protocolo do serviço;
  • Encaminhar gestantes de alto risco para avaliação médica;
  • Realizar atividades educativas com grupos de gestantes;
  • Fornecer cartão da gestante atualizado;
  • Realizar coleta de colpocitológico na gestante (ectocérvice).
Ao Enfermeiro Obstétrico incumbe (Art 9º):
I - Prestação de assistência à parturiente e ao parto normal.
II - Identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico.
III - Realização de episiotomia e episiorrafia, com aplicação de anestésico local, quando necessária.

2. DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ
  • Clínico
  • Teste Imunológico
  • Ultrassonografia
3. CÁLCULO DE DATAS
  • Idade gestacional
  • Data provável do parto (regra de Naegele)
4. CONSULTA PRÉ-NATAL
  • História clínica
    • Identificação
    • Dados sócio-econômicos
    • Antecedentes familiares
    • Antecedentes pessoais
    • Antecedentes ginecológicos
    • Sexualidade
    • Antecedentes obstétricos
    • Gestação atual
  • Exame físico
    • Geral
    • Específico
      • Mamas
      • Propedêutica obstétrica específica (mensuração, palpação, ausculta e toque vaginal)
  • Solicitação de exames laboratoriais de rotina
  • Ações complementares (orientações, encaminhamentos)
  • Agendamento da próxima consulta
5. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ-NATAL
  • Histórico
  • Diagnósticos de Enfermagem
  • Planejamento do cuidado
  • Implementação
  • Avaliação

CONDUTAS NAS QUEIXAS E DESCONFORTOS MAIS FREQUENTES NA GESTAÇÃO NORMAL

A) Náuseas, vômitos e tonturas
  1. Explicar que são sintomas comuns no início da gestação
  2. Orientar a gestante para: dieta fracionada (seis refeições leves ao dia); evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiros fortes ou desagradáveis; evitar líquidos durante as refeições, dando preferência a digestão nos intervalos; ingerir alimentos sólidos antes de levantar-se, pela manhã.
  3. Agendar consulta médica para avaliar a necessidade de usar medicamentos ou referir ao pré-natal de alto risco, em caso de vômitos freqüentes
  4. B) Pirose

    Orientar a gestante para: o Dieta fracionada, evitando frituras; ingerir leite frio o Evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo
    C) Sialorréia (Salivação excessiva)
    1. Explicar que é sintoma comum no início da gestação
    2. Orientar dieta semelhante à indicada para náusea e vômitos
    3. Orientar a gestante para deglutir a saliva e tomar líquidos em abundância
    4. D) Fraquezas e desmaios
      1. Orientar a gestante para que não faça mudanças bruscas de posição e evitar inatividade
      2. Indicar dieta fracionada
      3. Explicar à gestante que sentar-se com a cabeça abaixada ou deitar-se em decúbito lateral, respirando profunda e pausadamente, melhora a sensação de fraqueza e desmaio
      4. E) Dor abdominal, cólicas, flatulências e obstipação intestinal

        Certificar-se de que não são contrações uterinas • Se a gestante apresentar flacidez da parede abdominal, sugerir o uso de cinta
        • Se houver flatulências ou obstipação intestinal:
        o Orientar dieta rica em resíduos o Recomendar ingestão de líquidos o Recomendar caminhadas, movimentação
        F) Hemorróidas
        1. Fazer dieta, a fim de evitar a obstipação intestinal
        2. Se necessário prescrever supositório de glicerina
        3. Não usar papel higiênico colorido ou áspero
        4. Fazer higiene perianal com água e sabão
        5. Agendar consulta médica caso haja sangramento anal persistente
        6. 1
          G) Corrimento Vaginal
          1. Explicar que é comum um aumento de fluxo vaginal na gestação
          2. Não prescrever cremes vaginais, desde que não haja diagnóstico de infecção vaginal
          3. Agendar consulta médica, se ocorrer fluxo de coloração amarelada, esverdeada ou com odor fétido, ou caso haja prurido
          4. Uremia

            O termo uremia se refere ao nível elevado de uréia existente no sangue. Esse nível deve estar entre 3,6 a 8,3 mg/dL (miligramas por decilitro) para que seja considerado normal. Valores maiores que 8,3mg/dL são considerados altos e o quadro clínico é chamado de Hiperuremia e os valores abaixo de 3,6mg/dL são considerados baixos e o quadro clínico passa a ser a Hipouremia.

            A uremia é dada a partir da degradação de proteínas (purinas) e aminoácidos, por esse motivo, seus níveis dependem de hábitos alimentares, hidratação corporal, sedentarismo, velocidade e forma com que o organismo realiza o metabolismo.
            Entre as principais causas da uremia estão à hipertensão arterial, o diabetes, doenças renais congênitas como a síndrome dos rins policísticos, as doenças renais agudas mal curadas como a nefrite aguda causada por estreptococos e umas das causas que veem aumentando muito são os traumas renais causados por acidentes automobilísticos (principalmente motociclistas).
            A uremia surge quando ocorre uma incapacidade do sistema renal (néfrons) depurar o sangue dos produtos nitrogenados (ureia e creatinina). Em outras palavras, podemos associar a uremia à condição de que os rins não conseguem mais fazer de forma efetiva a filtração do sangue.
            Os sintomas clássicos da uremia são náuseas, mal estar, vômito, fraqueza, cefaléia (dores de cabeça). Os sintomas mais graves são torpor (alto nível de sonolência súbita), distúrbios na coagulação sanguínea e pode levar até ao estado de coma.
            A uremia também pode ser considerada como uma síndrome, ou seja, um conjunto de alterações em alguns sistemas do corpo principalmente o sistema renal.
            Na década de 1960 a uremia quase sempre levava o paciente ao óbito, já que a medicina pouco conhecia a respeito e não existiam tratamentos eficazes para o mal, apenas o transplante renal era capaz de sanar os efeitos causados pela não filtração do sangue.
            Os demais pacientes que não podiam fazer um transplante renal deveriam desembolsar milhares de dólares por um tratamento feito a partir de um rim artificial, tratamento esse que só era feito pela rede particular no Brasil e pela rede pública nos Estados Unidos e por isso seu custo era altíssimo.
            Esse procedimento com rim artificial é conhecido com o nome de Hemodiálise, e hoje em dia é fundamental para a sobrevivência da maioria das pessoas que são acometidas pelo mal da uremia ou por outra doença relacionada à filtração sanguínea.
            Esquema da Hemodiálise:
            A uremia é simples de ser evitada, com uma alimentação mais saudável, exercícios físicos (pelo menos não manter uma vida sedentária), beber muita água (em média 2 litros de água por dia).
            O ciclo da uréia tem como objetivo principal a degradação de aminoácidos e transforma-los em Uréia, produto final para ser excretado pela urina. É um ciclo bastante simples que esta sendo mostrado na figura abaixo. O ciclo da uréia esta associado ao ciclo de Kreb’s, e essa associação gera um metabolismo super potente.

            Prevenção do câncer Ginecológico

            Estudos epidemiológicos identificarão o perfil da população feminina mais vulnerável ao câncer de colo uterino, sendo que o mesmo reúne as seguintes características:
            qBaixo nível sócio econômico;
            qMultiplicidades de parceiros sexuais;
            qInício precoce de atividades sexuais
            qInfecção pelo Papiloma Vírus Humano ( HPV);
            qidade entre 40 e 60 anos.
            §É também conhecido como Teste de Papanicolaou, citologia exfoliativa, Pap Test, é um método desenvolvido pelo medico George Papanicolaou para a identificação, ao microscópio de células esfoliadas do colo uterino, atípicas,malignas ou pré - malignas.
            §As lesões malignas ou pré – malignas do colo do útero somente poderão ser detectadas se o esfregaço for de boa qualidade, incluindo elementos representativos de todas as áreas de risco.

            Materiais Necessário para coleta
            §Mesa ginecológica
            §Escada com dois degraus
            §Mesa auxiliar
            §Foco de luz com cabo flexível
            §Biombo
            §Cesto de lixo
            §Balde para materiais não descartáveis
            §Preenchimento do formulário.
            §Identificação da lâmina.
            §Orientação sobre a coleta
            Procedimento de Coleta
            §Oriente a paciente sobre o desenvolvimento do exame.
            §Solicite a paciente que esvazie a bexiga
            §Posicionar a paciente adequadamente para o exame.
            §Colocação do espéculo.
            Coleta Ectocervical e Parede Vaginal
            §Coleta Endocervical
            §Fixação do material
            §Feche o espéculo.
            §Retire-o delicadamente
            §Inspecione a vulva e períneo
            §Retire as luvas
            §Orientar quanto ao retorno para retirar o exame.
            Indicadores da qualidade da coleta
            §Identificação clara das lâminas.
            §O esfregaço colocado na face da lâmina que corresponde a da extremidade fosca (rugosa).
            §O esfregaço ocupando toda a superfície transparente da lâmina, sendo dois terço da
            lâmina ocupado com material do canal endocervical.
            §Tipos de célula presentes no esfregaço
            §Espessura da homogeneidade no esfregaço.
            §Preservação das estruturas celulares ( boa fixação)
            Possíveis Resultados
            §Amostra rejeitada ou material Insatisfatório.
            §Dentro dos Limites da Normalidade ou Alterações Celulares Benignas Reativas ou Reparativas.
            §Células Atípicas de Significado Indeterminado: Escamosas, Glandulares e de origem indefinida.
            §Lesão Intra- epitelial de Auto Grau ( compreendendo NICII e III).
            Carcinoma micro-invasor.
            Carcinoma epidermóide invasor
            Adenocarcinoma “in situ”
            Adenocarcinoma invasor
            Outras Neoplasias Malignas
            §Presenças de células endometriais.
            Na pós menopausa ou acima de 40 anos, fora do período menstrual.