terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Envelhecimento

O envelhecimento populacional é uma realidade mundial. Devido a esta atual situação algumas demandas são designadas para os familiares, sociedade e poder público para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos idosos. Diversas alterações ocorrem em nosso organismo com o passar do tempo, são modificações comuns do envelhecimento. Devido a essas alterações os idosos estão mais propensos a sofrerem quedas, acidentes em geral e por isso necessitam o auxilio de cuidadores. O presente trabalho teve como objetivo elaborar um manual de orientação para cuidadores de idosos visando à prevenção de acidentes e prestação de primeiros socorros. Algumas adaptações nos ambientes domiciliares são necessárias para evitar os acidentes com os idosos. O ambiente deve ser adaptado de acordo com as necessidades individuais de cada um, para simplificar e tornar mais seguras as atividades diárias. Devido às modificações comuns do envelhecimento, junto com patologias crônicas preexistentes, quando menos se espera os idosos podem apresentar piora da saúde de maneira súbita. Esses eventos são chamados de emergências, e necessitam de uma intervenção imediata. Por isso os cuidadores devem ser bem orientados para intervir da maneira correta, numa ação firme e segura, caso contrário o idoso pode apresentar danos transitórios, danos permanentes prejudicando a sua qualidade de vida ou pode morrer. Acredita-se que este manual possa ajudar os cuidadores a agirem de maneira correta nas urgências, bem como na prevenção de acidentes domiciliares

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O processo saúde doença na Infância

   O processo saúde doença na Infância: Assistência de Enfermagem à criança com problemas respiratórios

 " As doenças respiratórias infantis abrangem um amplo espectro de eventos mórbidos de diferentes etiologias e de distinta gravidade que, em comum, caracterizam-se por comprometer uma ou mais porções do trato respiratório da criança. Entre os determinantes imediatos dessas doenças encontram-se, de um lado, uma ampla gama de vírus e bactérias e, de outro, alérgenos, agentes químicos e físicos e traumas.Tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento, as doenças respiratórias representam grande proporção da morbidade na infância e, nessa medida, exercem enorme pressão sobre os serviços de saúde. Em países em desenvolvimento, estima-se que 25% a 33% do total das mortes observadas nos cinco primeiros anos de vida sejam causadas por infecções respiratórias agudas. A classificação das doenças respiratórias é complexa e comporta várias alternativas. Um aspecto importante a ser considerado é a localização anatômica da doença: quando restrita ao trato respiratório superior – acima da epiglote – a doença respiratória é denominada alta; quando alcança brônquios e/ou alvéolos pulmonares (portanto quando produz roncos, estertores ou sibilos à ausculta pulmonar) a doença respiratória é denominada baixa"  Benício MHDA et al. Tendência secular da doença respiratória. Rev. saúde Pública;34 (6 Supl):91-101. 

Principais características das Vias Aéreas na criança:

       Características anatômicas:   narinas estreitas,  língua grande, laringe alta e afunilada,  cartilagem cricóide estreita, menor quantidade de alvéolos,  grande elasticidade dos ossos da caixa torácica(tiragens), diafragma menos desenvolvido, vias potencialmente colapsáveis.

      Características fisiológicas: maior resistência de vias aéreas, menor volume pulmonar, maior fadiga muscular (FR mais alta e musculatura menos resistente), maior consumo de  oxigênio.

A criança, a enfermagem e os manejos da dor: conceito, interpretação, escala de dor:

A Dor e a criança:
 
Embora a ocorrência de dor em pediatria seja um fato atualmente aceito na prática assistencial, seu reconhecimento e tratamento permanecem insuficientes e ineficazes, tanto em função da incapacidade, de neonatos, lactentes e pré-escolares, em relatarem verbalmente a presença de dor, quanto em função da escassa experiência em analgesia pediátrica.
 
 
Atualmente, sabe-se que recém-nascidos, incluindo-se prematuros, são capazes de experienciar sensações dolorosas.
 
Os receptores sensitivos cutâneos estão presentes na região perioral do feto por volta da 7ª semana gestacional e espalham-se pela face, palmas das mãos e plantas dos pés na 11ª semana de gestação(5º,6º*). Ao final da 30ª semana, as células responsáveis pela percepção dolorosa inicial estão completamente desenvolvidas. Embora os mecanismos de controle e modulação dos estímulos dolorosos sejam imaturos ao nascimento, pode-se afirmar que o feto e o recém-nascido possuem, quase que integralmente, os componentes anatômicos necessários à percepção do estímulo doloroso;
 
Origem da dor na criança:
- procedimentos diagnósticos e terapêuticos;doenças infecciosas (otites e amigdalites), acidentes, fraturas, queimaduras, doenças oncológicas e reumáticas, anemia falciforme, procedimentos cirúrgicos, entre outras.
 
 
Interferências externas:
A expressão dolorosa na criança pode ser afetada por múltiplos aspectos, como condições ambientais (estímulos ruidosos ou luminosos são capazes de exacerbar as reações frente à dor), estímulos elaborados, que podem provocar ansiedade e elevar a sensação dolorosa (a visão de uma agulha ou de pessoas vestidas de branco, a sensação do cheiro de álcool), influência comportamental da família, além de aspectos sociais e financeiros.
 
Se não tratada
 Quando não tratada, a dor provoca inúmeros efeitos deletérios na criança, a exemplo de alterações metabólicas, elevação nos níveis de hormônios circulantes, aumento da susceptibilidade às infecções, alterações do fluxo sangüíneo cerebral e hemorragia ventricular, hipóxia, episódios de apnéia, congestão venosa, utilização de reservas de glicose, alteração dos padrões de sono e vigília e alterações comportamentais frente a outros episódios dolorosos
 
Tratamento da dor:
- é fundamental que a dor em crianças seja adequadamente identificada, avaliada e, sobretudo, tratada. A identificação da dor em pediatria pode ser considerada como o principal componente limitante no seu tratamento adequado, uma vez que se considera o relato verbal como a principal fonte indicativa de dor e recém-nascidos, lactentes e crianças pré-verbais são incapazes de verbalizarem a queixa.
  Por isso que a atenção profissional deve-se voltar para os aspectos não-verbais observados como resultado do estímulo doloroso.
 
 Alterações comportamentais são mais freqüentemente associadas à dor em crianças:
- choro, mímica facial, movimentação de membros (extensão e flexão), aumento de tônus muscular, rigidez torácica, indisponibilidade para contato visual e auditivo, alteração no padrão alimentar e na relação mãe-e-filho;
 
Alterações fisiológicas e metabólicas: 
- presentes igualmente em crianças e adultos, incluem: aumento de freqüência cardíaca e da pressão arterial, aumento da freqüência respiratória e alteração do padrão respiratório, queda de saturação de oxigênio, cianose, aumento da pressão intracraniana, dilatação pupilar, suor palmar, tremores, aumento dos níveis séricos de cortisol, epinefrina, norepinefrina, glucagon, hormônio do crescimento, endorfinas, supressão de insulina e aumento na excreção de substâncias nitrogenadas.
 
O relato dos pais ou cuidadores deve ser valorizado na identificação de alterações comportamentais e fisiológicas.
 
Escalas de dor em pediatria:
Baseadas nessas alterações, diversas escalas foram desenvolvidas com o objetivo de identificar a dor em crianças incapazes de comunicarem-se, que podem ser utilizadas favorecendo uma avaliação mais precisa.
 
1)    Período neonatal: inclui bebês, do nascimento ao 28º dia de vida, as escalas mais freqüentemente utilizadas são NIPS (Neonatal Infant Pain Scale/ Escala de Dor Neonatal, desenvolvida por Lawrence et al., em 1993), PIPP (Premature Infant Pain Profile/Perfil da Dor do Neonato Prematuro, desenvolvida por Stevens et al., em 1996) e CRIES (Crying, Requires for saturation above 95%, Increased vital signs, Expression e Sleplessness, referente a choro, saturação de oxigênio, dados vitais, expressão facial e estado de alerta, desenvolvida por Krechel & Bildner em 1995, objetivando a avaliação de dor pós-operatória em pediatria), por serem escalas validadas e confiáveis.
 
 
3)    Crianças com idades entre três e sete anos: é possível utilizar-se escalas que contenham desenhos como meio de quantificar a dor, como, por exemplo, escalas que mostram fotografias ou desenhos de faces de crianças (OUCHER, desenvolvida por Beyer em 1984 e ‘Facial Affective Scale”, desenvolvida por McGrath et al., em 1985), escalas numéricas (como o ‘Pain Thermometer’, com pontuação de 0 a 10, desenvolvido por Szyfelbein et al., em 1985), escala de copos (como a ‘Glasses Rating Scale’, quanto mais cheio o copo, maior a dor, desenvolvida por Waley & Wong, em 1987) e a escala de ‘pedaços de dor’ (‘Poker Chip Tool’, onde a criança quantifica, em no máximo quatro pedaços, a medida de sua dor, desenvolvida por Hester, em 1979) .
 
  4)  Crianças com idade superior a oito anos: se capazes de expressarem-se verbalmente, de maneira consistente, o auto-relato torna-se a melhor forma de identificar a dor. A queixa pode basear-se em números (através da escala visual análoga, que pontua a intensidade da dor de 0 a 10), palavras (pouca, moderada, intensa) e ainda desenhos ou figuras, conforme as escalas descritas anteriormente.
 
5)   Crianças acima de 12 anos: pode ser uzada a caracterização da dor por meio de adjetivos,  permite a mensuração de intensidade de dimensões afetiva e sensitiva, sendo possível a aplicação do questionário de Dor McGill adaptado para pediatria.
 
 
Com a finalidade de facilitar a avaliação da dor em recém nascidos e crianças, foram desenvolvidos escalas, que avaliam as alterações comportamentais e fisiológicas como sinais indicativos de dor.
 
 
A dor uma vez identificada, deve ser tratada adequadamente. As estratégias são diversas e a seleção do procedimento apropriado requer conhecimento, habilidade, atenção para condições especiais em cada caso, considerações acerca de aspectos clínicos, idade, desejos e expectativas dos pais ou cuidadores;
  
  
Tratamento da dor:
  1) Farmacológico:
Para o tratamento farmacológico da dor, deve-se considerar idade e, portanto, características específicas de metabolismo e excreção de drogas, peso e natureza da dor (dores resultantes de processos inflamatórios, de procedimentos cirúrgicos, entre outros), a fim de que o medicamento e sua dose sejam adequados à situação.
 
 
 Mais freqüentemente são utilizados: anti-inflamatórios não esteroidais (acetaminofeno, aspirina, dipirona, entre outros), opióides (como morfina, codeína, fentanila) e medicamentos adjuvantes (como antidepressivos e neurolépticos). É possível ainda realizar analgesia através de bloqueios anestésicos (aplicação tópica ou infiltrações), de anestesias gerais ou através de procedimentos neurocirúrgicos (pela interrupção de nervos aferentes primários, tratos e centros de processamento da dor ou ainda pela extirpação de tecidos cerebrais, em casos extremos)
 
  
É obrigação da equipe multidisciplinar cuidar para que a criança tenha direito a anlgesia e alívio da dor, assim como alívio da ansiedade e do “stress”provocado pela doença e pelo procedimento realizado pela equipe, de forma mais eficiente e segura possível.
 O medo dos efeitos colaterais e do risco de dependência aos analgésicos, narcóticos e sedativos não podem ser usados para negligenciar a dor do paciente e irar seu direito aos analgésicos mais potentes.
 Os membros da equipe de saúde devem agir como advogados da criança nesta questão, advertindo os colegas que não estiverem respeitando este direito da criança, favorecendo o alívio rápido da dor.
 Existem analgésicos seguros e potentes e seguro o bastante para aliviar quase todas as formas de dor intensa, seja aguda ou crônica.
 
 
2)Medidas não farmacológicas:
As medidas não farmacológicas, embora pouco utilizadas, são bastante eficazes no controle da dor. Dentre elas, pode-se ressaltar: diminuição de estímulos externos (luminosidade e ruídos), respeito aos períodos de sono e repouso, manipulação mínima da criança enquanto internada, sucção não-nutritiva em recém-nascidos e lactentes, estimulação sensorial (estimulação tátil, massagens, musicoterapia, método mãe-canguru);
 
A dor em pediatria constitui ainda um grande desafio, mas a busca de conhecimento e o desenvolvimento de pesquisas na área são instrumentos valiosos à Enfermagem na identificação e controle efetivo deste 5º sinal vital.
 
 

Princípios da semiologia pediátrica - EXAME FÍSICO

1.)   Seqüência do exame:
- cefalocaudal;
- Por quê?
-favorece a orientação geral para cada área do corpo ;
- evita omissão de partes do exame;
-deve ser alterado de acordo com a necessidade e do comportamento da criança;
- o enfermeiro deverá atentar-se para os principais critérios da avaliação: idade cronológica e idade de desenvolvimento;

2.)   Preparo da criança:
      Condutas durante o exame (que para um adulto parece normal) podem ser estressante para a criança;
     Exemplos:
·       Estetoscópio - desconhecido e gelado;
·       Compressão abdominal: desconfortável;
·       Oftalmoscópio e otoscópio: desconhecidos;
·       Manguito: sensação de aperto e desconforto;

2.1)       Conduta do enfermeiro perante a criança:
a) Primeiro contato - (quando for favorável)
·       O exame deve ser o mais agradável possível;
·       Favorecer a permanência dos pais;
·       Adolescentes - manter a privacidade;
·       Permita um tempo para brincar; interação com a criança;
  
 Perceba o momento em que a criança está preparada para iniciar o exame, quando a criança :
- conversar espontaneamente com o enfermeiro;
- aceitar a utilização dos equipamentos;
- permitir o toque físico;
- aceitar sair do colo do acompanhante;

b)   Nos casos em que não ocorrer a interação imediata com a criança, o enfermeiro:
- deverá concentrar-se no exame;
-conversar com o acompanhante enquanto examina;
- elogiar a criança, para estabelecer confiança;
- utilizar estórias engraçadas e/ou mágicas simples;
- utilizar fantoches para conversar: “amigo por perto”;

c)    Nos casos de total recusa, o enfermeiro deverá:
- avaliar a razão do comportamento;
- envolver o acompanhante para auxiliar no processo;
- evitar explicações longas sobre o exame;
- ser firme e direto e rápido;
- limitar o número de pessoas na sala;
- concentrar-se na avaliação;

3) Principais materiais e equipamentos importantes para a realização do exame físico:
- estetoscópio pediátrico;
- bolas de algodão com álcool;
- balança para recém-nascidos
- balança antropométrica (adulto);
- régua antropométrica;
- maca;
- otoscópio;
- oftalmoscópio;
- esfígmomanômetro (diversos tamanhos);
- fita métrica;
- abaixadores de língua;
- lanterna delicada;
- gráficos para avaliação de crescimento ponderal;
- impressos para a Sistematização da Assistência de Enfemramgem;
- prontuário da criança;

4) Posicionamento da criança:
- dependerá da idade da criança e da colaboração da criança;
- dorsal ou sentada no colo da mãe;

5) Seqüência diferencial do adulto durante a avaliação física:
- Evite realizar as verificações que ocasionem o choro, nas crianças menores, pois como é sabido, o choro poderá desencadear alterações fisiológicas que impedirão um resultado fidedígno, ao final do exame. 
- inicie com a ausculta o cardíaca, pulmonar, por exemplo;
- registrar a freqüência cardíaca e a respiratória;
- realizar palpação e percussão;
- prosseguir a seqüência cefalocaudal;
- deixar para o final: olhos, ouvidos, boca e verificação de reflexos que possam desencadear o choro como a verificação do reflexo de Moro, procurando deixar para o final;
- genitália: idades escolar e adolescente: deixar por último;

País atinge antes meta de mortalidade infantil

Pelas Metas do Milênio da ONU, Brasil deveria reduzir índice para 19 por grupo de mil crianças até 2015; em 2011, já registrou taxa de 16 por mil

Com quatro anos de antecedência, o Brasil atingiu uma das Metas do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU), a que se refere à redução da mortalidade infantil até 2015. A queda de mortes registrada no País em 2011 foi uma das cinco maiores do mundo.

Os dados serão divulgados hoje pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Banco Mundial e OMS.

Em 2000, a ONU fixou metas sociais para os países e deu 15 anos para que governos chegassem perto dos objetivos. A base de comparação é o ano de 1990.

No caso do Brasil, a meta era de que as 58 mortes registradas para cada mil crianças em 1990 foss em reduzidas para 19 por grupo de mil em 2015. Mas, ao final de 2011, a taxa já era de 16 para cada mil crianças.

Em 1990, 205 mil crianças com menos de 5 anos morreram no País. Em 2011, foram 44 mil - uma queda de 73%, que apenas quatro outros países superaram.

Apesar de ter atingido a meta, o Brasil ainda está distante dos índices de países ricos. Na Itália, Portugal e Espanha, a proporção de crianças que morrem é de apenas um quarto da taxa brasileira.

Em 2011, 6,9 milhões de crianças morreram no mundo antes de completar 5 anos. Em 2000, essa taxa era de 12 milhões.

Melhor atendimento médico, crescimento da renda familiar, expansão dos serviços de saúde, com o ampliação da coberturade vacinas e antibióticos,são os motivos do avanço brasileiro.

"Atingir a meta estabelecida pela ONU antes do prazo é uma grande vitória. Nos últimos dez anos, o esforço do Ministério da Saúde de levar profissionais para cada canto do País ajudou a reduzir pela metade a mortalidade infantil. Mas queremos avançar a inda mais, com a Rede Cegonha, reforçando a qualidade no pré-natal e na assistência ao parto, e a expansão das UTIS neonatais", afirmouoministroAlexandre Padilha.

América Latina. Graças aos avanços de Brasil, El Salvador, México e Peru, a América Latina está prestes a também alcançar o objetivo. A região, segundo o levantamento, promoveu uma queda de 64% nas mortes. "A América Latina está muito próxima do objetivo e, se seguir no atual ritmo,chegará à meta",disse o diretor do Departamento de Estatísticas Sanitárias da OMS, BoermaTies.Na região,a estimativa é de que 53 em cada mil crianças não chegavam aos 5 anos em 1990. A taxa caiu para 19 por mil, muito próxima à de 18 por mil estabelecida pela meta.
Ocaso mais dramático ainda é o Haiti. A taxa é de 70 mortes para cada mil crianças, quando a meta estabelecia que o índice deveria ser de 48 mortes. 

Vacina antidengue tem apenas 30% de sucesso

A vacina mais avançada do mundo contra a dengue, em desenvolvimento pela empresa farmacêutica francesa Sanofi, teve desempenho decepcionante em um teste clínico de larga escala realizado na Tailândia: sua eficácia foi de apenas 30,2%, índice bem abaixo dos 70% esperados a princípio.
O resultado ruim torna incerto o futuro do produto, que segundo afirmações anteriores do fabricante, poderia gerar uma receita de mais de 1 bilhão de euros por ano. Os pesquisadores ressaltam, entretanto, que a pesquisa tem um lado positivo: pela primeira vez, foi provado que uma vacina segura contra a dengue pode vir a ser desenvolvida.
A baixa porcentagem de sucesso da vacina se deu porque ela falhou em proteger contra um dos quatro tipos de vírus da dengue, o 2 – esse é justamente o mais comum na Tailândia na época do teste. Uma pessoa que contraia um dos tipos de dengue não se torna imune aos outros.
“Esse resultado me derrubou”, afirmou Scott Halstead, consultor científico sênior da ONG Dengue Vaccine Initiative, que não tem envolvimento com o estudo. “Mais experimentos terão de ser feitos para que possamos entender o que ocorreu”, completou.
Os cientistas supõem que uma vacina que contenha os quatro tipos de dengue termine por apresentar resultados desiguais, sublinhando a complexidade de uma doença que vem sendo pesquisada há mais de 70 anos.
Apesar do desfecho negativo do estudo, analistas da indústria farmacêutica informaram que a vacina ChimeriVax da Sanofi continua à frente das rivais em termos de desenvolvimento e ainda está em uma posição vantajosa. Há pelo menos sete pesquisas importantes no mundo que tentam encontrar um imunizador contra os quatro vírus da dengue.
“Mesmo que não seja perfeita, a ChimeriVax será adotada”, disse o analista Eric Le Berrigaud, da empresa Bryan Garnier. “Mas ela não será a vacina que erradicará a dengue”, ressaltou.
Em julho, a Sanofi havia divulgado que o teste feito na Tailândia tinha mostrado que a vacina era eficaz contra três dos tipos de dengue, sem dar mais detalhes sobre o assunto. Os resultados completos foram divulgado na noite de anteontem no site da revista científica The Lancet, uma das mais importantes do mundo.
Apesar da decepção, o líder da pesquisa, Jean Lang, disse que a fase 2b do estudo, que envolveu 4.002 crianças tailandesas, foi encorajadora, porque a vacina protegeu contra os vírus do tipo 1 em 60% dos casos e em 80% a 90% dos casos dos tipos 2 e 3. Curiosamente, uma dose da vacina gerou resultados parecidos com a aplicação de três doses.
“Isso é um marco, mas devemos esperar pelos resultados dos dois grandes testes da fase 3 para termos uma compreensão melhor da vacina”, declarou Lang. Esses testes estão sendo feitos com a participação de cerca de 31 mil pessoas na Ásia e também na América Latina.
Se os resultados na Tailândia tivessem sido melhores, a droga poderia ter sua aprovação acelerada em alguns países. Em vez disso, as atenções, agora, ficam voltadas para os resultados dos testes que serão feitos na fase 3 da pesquisa. Assim, uma possível data de lançamento do imunizante pela farmacêutica não deve ocorrer antes de 2015.

Conselho Tutelar

      É um órgão publico que integra definitivamente o conjunto das instituições brasileiras, estando portanto sujeito e subordinado ao ordenamento jurídico do País e tem autonomia para desempenhar as atribuições que lhe são confiadas pelo Estatuto Federal que o instituiu.
 
 
Quais as atribuições:
      Atender crianças e adolescentes e aplicar as medidas de proteção;
      Atender e aconselhar os pais ou responsáveis e aplicar medidas pertinentes previstas no ECA;
      Promover a execução de suas decisões, podendo requisitar serviços públicos e entrar na Justiça quando alguém, injustificadamente, descumprir suas decisões:
      Levar ao conhecimento do Ministério Público fatos que o Estatuto tenha como infração administrativa ou penal;
      Encaminhar à Justiça os casos que a ela são pertinentes;
      Tomar providências para que sejam cumpridas as medidas sócio-educativas aplicadas pela Justiça a adolescentes infratores;
      Expedir notificações em casos de sua competência;
      Requisitar certidões de nascimento e de óbito de crianças e adolescentes, quando necessário;
      Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentar para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e adolescente;
      Fiscalizar as entidades governamentais e ONGs que executem programas de proteção e sócio-econômicos.
      Entrar na Justiça, em nome de famílias e de pessoas, para que estas se defendam de programas de rádio e televisão que contrariem princípios constitucionais bem como de propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente;
      Levar ao Ministério Público casos que demandam ações judiciais de perda ou suspensão do pátrio poder;
Atender aos que tiverem seus direitos ameaçados:
      Por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
      Por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsáveis;
      Dos casos de suspeita ou confirmação de maus tratos;
      As reiteradas faltas injustificadas ou de evasão escolar, após esgotados os recursos escolares;
      De elevados níveis de repetência;
      Determinar matrícula e freqüência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
      Inclusão em programa de auxilio a família, à criança e ao adolescente;
      Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico em regime hospitalar ou ambulatorial;
      Inclusão em programa de auxilio, orientação e tratamento de alcoólatras e toxicômanos
 
 
Como são escolhidos os conselheiros:
      Em cada município haverá, no mínimo, um Conselho Tutelar composto por 5 (cinco) membros, escolhidos pela comunidade local para mandato de 3 (três) anos, permitida uma recondução.
 
 
Quais os requisitos para ser candidato ao Conselho Tutelar:
             Ter reconhecida idoneidade moral;
             Idade superior a 21 anos;
             Residir no município