segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Uremia

O termo uremia se refere ao nível elevado de uréia existente no sangue. Esse nível deve estar entre 3,6 a 8,3 mg/dL (miligramas por decilitro) para que seja considerado normal. Valores maiores que 8,3mg/dL são considerados altos e o quadro clínico é chamado de Hiperuremia e os valores abaixo de 3,6mg/dL são considerados baixos e o quadro clínico passa a ser a Hipouremia.

A uremia é dada a partir da degradação de proteínas (purinas) e aminoácidos, por esse motivo, seus níveis dependem de hábitos alimentares, hidratação corporal, sedentarismo, velocidade e forma com que o organismo realiza o metabolismo.
Entre as principais causas da uremia estão à hipertensão arterial, o diabetes, doenças renais congênitas como a síndrome dos rins policísticos, as doenças renais agudas mal curadas como a nefrite aguda causada por estreptococos e umas das causas que veem aumentando muito são os traumas renais causados por acidentes automobilísticos (principalmente motociclistas).
A uremia surge quando ocorre uma incapacidade do sistema renal (néfrons) depurar o sangue dos produtos nitrogenados (ureia e creatinina). Em outras palavras, podemos associar a uremia à condição de que os rins não conseguem mais fazer de forma efetiva a filtração do sangue.
Os sintomas clássicos da uremia são náuseas, mal estar, vômito, fraqueza, cefaléia (dores de cabeça). Os sintomas mais graves são torpor (alto nível de sonolência súbita), distúrbios na coagulação sanguínea e pode levar até ao estado de coma.
A uremia também pode ser considerada como uma síndrome, ou seja, um conjunto de alterações em alguns sistemas do corpo principalmente o sistema renal.
Na década de 1960 a uremia quase sempre levava o paciente ao óbito, já que a medicina pouco conhecia a respeito e não existiam tratamentos eficazes para o mal, apenas o transplante renal era capaz de sanar os efeitos causados pela não filtração do sangue.
Os demais pacientes que não podiam fazer um transplante renal deveriam desembolsar milhares de dólares por um tratamento feito a partir de um rim artificial, tratamento esse que só era feito pela rede particular no Brasil e pela rede pública nos Estados Unidos e por isso seu custo era altíssimo.
Esse procedimento com rim artificial é conhecido com o nome de Hemodiálise, e hoje em dia é fundamental para a sobrevivência da maioria das pessoas que são acometidas pelo mal da uremia ou por outra doença relacionada à filtração sanguínea.
Esquema da Hemodiálise:
A uremia é simples de ser evitada, com uma alimentação mais saudável, exercícios físicos (pelo menos não manter uma vida sedentária), beber muita água (em média 2 litros de água por dia).
O ciclo da uréia tem como objetivo principal a degradação de aminoácidos e transforma-los em Uréia, produto final para ser excretado pela urina. É um ciclo bastante simples que esta sendo mostrado na figura abaixo. O ciclo da uréia esta associado ao ciclo de Kreb’s, e essa associação gera um metabolismo super potente.

Prevenção do câncer Ginecológico

Estudos epidemiológicos identificarão o perfil da população feminina mais vulnerável ao câncer de colo uterino, sendo que o mesmo reúne as seguintes características:
qBaixo nível sócio econômico;
qMultiplicidades de parceiros sexuais;
qInício precoce de atividades sexuais
qInfecção pelo Papiloma Vírus Humano ( HPV);
qidade entre 40 e 60 anos.
§É também conhecido como Teste de Papanicolaou, citologia exfoliativa, Pap Test, é um método desenvolvido pelo medico George Papanicolaou para a identificação, ao microscópio de células esfoliadas do colo uterino, atípicas,malignas ou pré - malignas.
§As lesões malignas ou pré – malignas do colo do útero somente poderão ser detectadas se o esfregaço for de boa qualidade, incluindo elementos representativos de todas as áreas de risco.

Materiais Necessário para coleta
§Mesa ginecológica
§Escada com dois degraus
§Mesa auxiliar
§Foco de luz com cabo flexível
§Biombo
§Cesto de lixo
§Balde para materiais não descartáveis
§Preenchimento do formulário.
§Identificação da lâmina.
§Orientação sobre a coleta
Procedimento de Coleta
§Oriente a paciente sobre o desenvolvimento do exame.
§Solicite a paciente que esvazie a bexiga
§Posicionar a paciente adequadamente para o exame.
§Colocação do espéculo.
Coleta Ectocervical e Parede Vaginal
§Coleta Endocervical
§Fixação do material
§Feche o espéculo.
§Retire-o delicadamente
§Inspecione a vulva e períneo
§Retire as luvas
§Orientar quanto ao retorno para retirar o exame.
Indicadores da qualidade da coleta
§Identificação clara das lâminas.
§O esfregaço colocado na face da lâmina que corresponde a da extremidade fosca (rugosa).
§O esfregaço ocupando toda a superfície transparente da lâmina, sendo dois terço da
lâmina ocupado com material do canal endocervical.
§Tipos de célula presentes no esfregaço
§Espessura da homogeneidade no esfregaço.
§Preservação das estruturas celulares ( boa fixação)
Possíveis Resultados
§Amostra rejeitada ou material Insatisfatório.
§Dentro dos Limites da Normalidade ou Alterações Celulares Benignas Reativas ou Reparativas.
§Células Atípicas de Significado Indeterminado: Escamosas, Glandulares e de origem indefinida.
§Lesão Intra- epitelial de Auto Grau ( compreendendo NICII e III).
Carcinoma micro-invasor.
Carcinoma epidermóide invasor
Adenocarcinoma “in situ”
Adenocarcinoma invasor
Outras Neoplasias Malignas
§Presenças de células endometriais.
Na pós menopausa ou acima de 40 anos, fora do período menstrual.

Semiologia Obstétrica

Identificação
Nome (boa norma relação enfª/paciente)
Idade (favorável 18 e 24 anos)
Primiparidade (precoce< 16 e tardia >35)
Cor (vício pélvico comum em mestiças e negras)
Profissão
Estado civil
Nacionalidade e domicílio
w
Anamenese geral
Queixa e duração

É o motivo pelo qual a paciente procurou serviço
História pregressa moléstia atual
Paciente relata história evolutiva doença até momento consulta
Interrogatório diferentes aparelhos e antecedentes familiares
Buscar sintomas que não foram citados
Atentar interpretação dos sintomas e diferenciar queixas referentes a estados patológicos e gravídico
Observar condições de saúde dos parentes consangüíneos e cônjuge
         verificar a existência de estados mórbidos hereditários e congênitos
Antecedentes Pessoais
condição da paciente na infância
Nutrição, deambulação
doenças infecciosas
condição da paciente na puberdade
menarca
ciclos posteriores
patologias e cirurgias
Antecedentes menstruais e sexuais
Menarca (média aos 12 anos)
Ciclo menstrual
dismenorréia

Problemas íntimos
Início atividade sexual
dispareunia
Medidas anticoncepcionais
Antecedentes mamários e corrimento
Presença de nódulos
Dor local
Escoamento sangue das papilas
Mastite (puérperas)
Fisiológico
Anormal ou leucorréia ( deve ser pesquisado e tratado)
Anamnese Obstétrica
DUM
Calcular a DPP pela Regra de Nagele
Observar S. placentário de Hartman ou hemorragia da implantação (7 a 8 d após concepção)
Atentar para perdas sangüíneas
Anamnese Obstétrica
Atentar sinais subjetivos e objetivos como enjôos, cefaléias, vertigens, desmaios, hipersensibilidade seios, perversão de apetite (malácia)e polaciúria
Movimentos ativos do feto (4ºmês e meio em IG e mais cedo em multigestas)
Queda do ventre (útero cresce 4cm p/ mês e 15 d antes do parto a cabeça fetal desce e fixa-se, AU 36 p/ 34cm)
Exame físico obstétrico
Cabeça
Sinal de Halban (lanugem couro cabeludo devido aumento folículos pilosos e hormônios)
Cloasma gravídico (pigmentação difusa fronte, nariz e região zigomática)
Pescoço
Hipertrofia da tireóide (5º ou 6º mês)
Mamas
Aumento do volume e sensibilidade
Aparecimento do colostro (16 sem)
Aréola primitiva mais escura e secundária menos pigmentada (S. Hunter)
Rede de Haller (trama venoso na pele)
Tubérculos de Montgomery ( 12 a 15 glândulas sebáceas hipertrofiadas)
Observar o tipo de mamilo (protuso, semi-plano, plano e invertido)
Abdome
Globoso ou ovóide
Cicatriz umbilical saliente (S. Cullen coloração arroxeada embebição grav.)
Linha nigra (hiperpigmentação linha alva)
Estrias violáceas e nacaradas
Tonicidade diminuída em multíparas (ventre em pêndulo)
MMII e genitais externos
Aumento de varizes
Edema no final gestação
Sinal de Jacquemier Kluge
Mucosa genital
hiperemiada
tumefeita
violácea
Palpação Obstétrica
Feita a partir 4º/5º mês tornando possível identificar vários segmentos fetais
Permite percepção movimentos ativos e provocar movimentos passivos
Observar o rechaço fetal (Sinal de Puzos)
Gravidez múltipla
Alterações feto-uterinas
Palpação Obstétrica
Deve-se colocar a gestante em DDH
Cabeça levemente fletida
MMSS paralelos ao tronco
MMII em leve abdução
Bexiga vazia
Descobrir abdome até pube e palpar com polpa dos dedos de forma suave
Palpação Obstétrica
Altura uterina
Circunferência abdominal
Consistência uterina (tônus e contrações)
Regularidade superfície uterina
Conteúdo uterino
1º tempo (fundo uterino)
Com as 2 mãos delimitar o fundo
Deprimir a parede abdominal
Contornar o fundo e parte fetal que o ocupa
Pólo pélvico é redutível
Pólo cefálico não é redutível
Observar rechaço
2º tempo (dorso fetal)
Deslizar as mãos do fundo uterino em direção ao pólo inferior
Sentir dorso e pequenas partes ou membros de um lado e do outro
Dorso é uma superfície resistente e contínua
3º tempo (Manobra de Leopold ou Pawlick)
Visa a exploração por mobilidade do pólo que se apresenta no estreito superior
Apreender o pólo entre o polegar e o dedo médio da mão direita
Realizar movimentos de lateralidade que indicam grau penetração da apresentação na bacia
4º tempo (escava)
Pólo cefálico é mais freqüente
Palpar fossas ilíacas
Procurar penetrar na pelve
Escava completamente ocupada (cabeça)
Escava incompletamente ocupada (pélvico)
Escava vazia (córmica)
Ausculta fetal
Verificar a vitalidade fetal (BCF 120 a 160 bpm) no dorso fetal
Utilizar Pinard (18ª a 20ª sem) ou Sonar-Doppler (a partir 10ª a 12ª sem)
Ruídos fetais (bcf, movimentos bruscos, sopro cardíaco e funicular, som placentário como vento em redemoinho)
Ruídos maternos (sopro uterino de vasos e ruídos acessórios de gases e peristaltismo intestinal)
Toque vaginal
Deve ser realizado somente quando necessário
Pode ser unidigital (IP cabeça baixa), bidigital (cabeça alta) e manual (excepcional e anestesiada)
Examina-se:
Vagina e colo
Fundo de saco anterior
Espinhas ciáticas D e E
Promontório
Dilatação
Bolsa das águas e apresentação fetal
Toque vaginal (técnica)
Colocar paciente em posição ginecológica
Calçar luvas esterilizadas
Asseptizar região e esvaziar bexiga
Entreabrir os grandes e pequenos lábios
Proteger indicador e dedo médio
Observar períneo, vulva , vagina, grandes e pequenos lábios, varizes, corrimentos e uretra
Toque vaginal (técnica)
Introduzir o dedo médio, rebater e introduzir o indicador, dobro os outros dois e direciono o polegar D ou E p/ não estimular o clitóris
Observar rugosidade, elasticidade ou espasticidade vaginal
Tipo colo (grosso, médio ou fino)
Bolsa íntegra ou rota
Apresentação e variedade de posição
Toque vaginal (técnica)
Plano de De Lee
Espinhas ciáticas, ângulo sub púbico, promontório
Fundo de saco e ampola retal
Avaliar:
líquido
odor

Pré-Natal

A consulta Pré-Natal é o instrumento mais eficaz que se dispõe transformar a mulher grávida em uma mãe saudável, possibilitando gerar um filho com sua total potencialidade.
Visa garantir-lhe uma interação familiar neste momento de transição. Para uma boa assistência, é necessário acompanhar as modificações orgânicas, funcionais e psicológicas da gestante, e ter conhecimento dos fenômenos de fecundação, implantação, desenvolvimento do produto conceptual e seus admiráveis intercâmbios com o organismo materno.
É a supervisão médica e de enfermagem oferecida à gestante desde a concepção até o inicio do Trabalho de Parto.
 
Objetivos:
Orientar os hábitos de vida da gestante (dieta, atividades físicas, vestuário, esporte, etc.)
Assistência psicológica para ajudar a minimizar ou solucionar conflitos e problemas
Preparar gestante para processo de maternidade, tanto no sentido de formação para parto como ensinando noções de puericultura
Diagnosticar e tratar doenças preexistentes e que venham complicar ou agravar gravidez ou parto
Profilaxia, diagnóstico e tratamento patologias próprias gravidez.
No Brasil apenas 20% gestantes recebem assistência pré-natal. Assistência pré-natal compreende pelo menos 5 consultas ao médico e exames básicos.
Importância mulheres que não recebem assistência pré-natal tem risco 5 X maior mortalidade perinatal do que aquelas que recebem essa assistência.
 
Finalidades / requisitos
Atender aspectos psicológicos, sociais, educacionais e orgânicos visando detectar gestantes de alto-risco).
Fundamental assistência pré-natal eficiente a sua qualidade.
Trabalho deve ser feito junto a cada gestante examinada e por profissionais capacitados.
 
Papel Enfermeiro pré-natal
Desenvolver ações educativas com a finalidade de preparar a gestante para o autocuidado: Assistência integral e sistematizada, iniciada com entrevista, exame físico e obstétrico, diagnóstico enfermagem, plano assistencial e prognóstico enfermagem.
 
Consultas de Pré Natal:
Gravidez normal: segundo literatura até 7°mês (28ªsem) intervalo 6 sem. A partir 8°mês consultas cada 7-10d. Segundo Secretaria Saúde SP até 6°mês consultas mensais, 7°e 8°mês a cada 21 d. No 9°mês cada 15 d. (Não devem ser feitas menos 6 consultas). §Gravidez risco: consultas serão agendadas conforme as necessidades.
 
Orientação / preparo aleitamento:
Duração e produção leite independem volume mamas;
Corrigir anomalias mamilos gestação (planos, semi-invertidos);
Tracionar mamilo,movimentos rotação (preparo amamentação);
Friccionar mamilos suavemente toalha macia (15 s, 1X d) pele espessa e endurecida suporta ação escoriadora sucção e evita fissuras);
Higienizar água, evitar sabonetes (ressecamento);
Expor mamas sol (10 min, 1Xd);
Palestras educativas (troca experiências);
Ensino ordenha manual (prevenção ingurgitamento mamário e mastite puerperal).

Biologia celular - Estrutura e função de organelas

Dentre as muitas características das células eucariontes temos a compartimentalização do citoplasma, ou seja, a divisão do citoplasmas em compartimentos funcionais. Tais compartimentos são delimitados por estruturas membranosas chamadas de organelas. Cada organela desempenha um função que garante a sobrevivência da célula e, consequentemente, do tecido ao qual ela pertence.
Dentre as principais organelas presentes nas células eucariontes temos:
mitocôndrias - fosforilação oxidativa
lisossomos - reciclagem de elementos celulares
reticulo endoplasmáticos - síntese de macromoléculas
complexo de golgi - modificações pós traducionais
peroxissomos - reações oxidativas

A presença de uma determinada organela em uma célula dá indicios do tipo de função desempenhada por esta célula no organismo.

Células eucariotas e células procariotas - semelhanças e diferenças

Todos os organismos vivos são formados pela mesma unidade funcional: a célula. Uma célula sempre é formada de uma membrana biológica que separa o meio interno do meio externo; um citoplasma - meio onde ocorrem as reações químicas e um material genético que contém todas as informações hereditárias desta célula.
As células pode ser divididas em dois grandes grupos dependendo da forma como seu material genético está organizado. Existem as células procariontes, cujo o material genético está concentrado em uma região chamada de nucleoplasma e se caracterizam por serem organismos unicelulares e de baixa complexidade. TTambém existem os eucariontes, cujo material genético é maior e dividido em vários cromossomos. Podem formar tanto organismos uni como multicelulares.

Entendento o processo molecular da tumorogeneses

RESUMO
Nos últimos 25 anos, o reconhecimento dos mecanismos genético-moleculares implicados na gênese e na progressão do câncer tem permitido obter novos métodos de diagnóstico e de acompanhamento, redirecionando de forma drástica a terapêutica do paciente com neoplasia.Alguns marcadores moleculares já estão sendo utilizados na rotina e deverão prover testes sensíveis e específicos para o diagnóstico precoce, estadiamento e acompanhamento do paciente com câncer. As características moleculares de cada tumor deverão permitir predição do seu comportamento, ajudando a delinear estratégias terapêuticas mais efetivas. Apresentamos de forma didática os principais mecanismos controladores do ciclo celular e do crescimento, definindo a importância de oncogenes erroneamente ativados e de genes supressores tumorais perdidos ou não-funcionantes, dos genes envolvidos na programação e manutenção da vida celular e de outros genes que atuam no processo de tumorigênese. Os mecanismos de progressão tumoral, invasão e metastatização à distância são revistos enfatizando - se a aplicação prática do conhecimento a respeito de tais mecanismos. Lembramos o papel da instabilidade genética e dos fenômenos epigenéticos na definição fenotípica do câncer, sugerindo as aplicações
da genética molecular na terapia gênica do câncer. (Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46/4:351-360)
Descritores: Câncer; Ciclo celular; Genes; Molecular